sexta-feira, 13 de junho de 2008

GICLÊ: a pintura digital



Em nossa galeria, temos o prazer de ter os trabalhos de dois artistas brasilienses, Oswaldo Pullen e Alexandre Tesck. Eles praticam a pintura digital, mais conhecida como giclê. Aqui embaixo, uma descrição desta expressão artistica de André Lafetá.

Dos Xamãs à Digitalização
Por André Lafetá

Ao usarmos a palavra giclê para a técnica utilizada por artistas plásticos, estamos fazendo uma referencia á impressão a jato de tinta sobre tecido. Há já alguns anos que alguns artistas plásticos de Brasília como Oswalfo Pullen e Alexandre Tesck vem trabalhando norteando por essa nova linguagem. Nova sim, mas como tudo está na origem, vale fazer uma breve observação: na pré-história, os artistas eram os Xamãs. Esses sacerdotes faziam rituais sagrados com pintura nas paredes das cavernas. Uma das técnicas provavelmente usadas para esse trabalho era a mastigação de pigmentos, provocando a sua mistura com a saliva até a formação de uma pasta. Tal como uma pistola de ar, esta mistura era cuspida diretamente na parede buscando a formação da imagem desejada.
Hoje as impressoras a jato de tinta, mesmo que de uma maneira bem mais pratica e precisa, realizam o mesmo trabalho. O artista plástico hoje faz seus esboços numa prancheta digitalizadora. Partindo de um desenho desta primeira camada, cria uma nova. A seguir, em mais camadas, trabalha as cores e os acréscimos desejados. O processo continua nesta superposição ou eliminação de camadas, até conseguir o resultado esperado. As imagens são então impressas em tela, com tiragem limitada.
A linguagem é nova, o conceito, nem tanto. Um dos principais representantes da pop-art, Andy Warhol já divulgava essa idéia mesmo que com uma técnica diferente (a serigrafia). A criação em giclês permite ao artista a democratização da obra de arte, já que é possível produzir series de cada trabalho. No entanto, cada imagem proveniente da mesma matriz pode ter sua impressão diferenciada, fazendo com que uma obra seja, ao mesmo tempo, repetida e única.

Um comentário:

Anônimo disse...

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