sexta-feira, 11 de abril de 2008

Icones





Em nossa galeria, estao expostas e à venda, tres preciosas Icones, de origem bulgara. Elas tem certificado original.
Falar sobre as Ícones (do grego Eikon = Imagem) significa lembrar o que è uma Ícone e tentar entender sua importância na igreja Cristão-Ortodoxa e. em geral. entre os Cristãos do Oriente e também para os católicos de rito bizantino. A palavra ícone è usada habitualmente para pinturas de assunto religioso feitas com uma técnica particular e especialmente seguindo uma tradição Eclesial que fixou seu conteúdo e fez dela um “Sacramental” ou seja um signo portador de graça.
A Ícone è, de fato, mais que uma imagem religiosa, é verdadeira arte sagrada que tem um lugar determinado no culto litúrgico e uma devoção privada; é um meio eficaz para poder conhecer Deus, a Mãe de Deus e os santos; é uma confissão das verdades religiosas, não somente uma arte que ilustra a sagrada Escritura, é uma linguagem que equivale a ela mesma e que corresponde à predicação Evangélica assim como os textos Litúrgicos. E é uma forma de expressão simples e direta que golpeia e que pode mostrar em maneira concisa todo o conjunto da Liturgia de uma festa ou fixar a atenção do conjunto de um Mistério.
Na pintura das Ícones, os artistas tinham que respeitar severas regras de comportamento para evitar a heresia e por isso seguiam três textos aprovados pela Igreja Ortodoxa; estes artistas eram controlados seja em seus estudos que na vida particular. Em outras palavras, a Ícone não era uma representação pictórica que santifica a alma de quem crê com o meio material da vista, como o canto santifica por meio do ouvir.
Em estas pinturas não aparecem as assinaturas nem mas datas de execução, pois a imagem não deve suscitar emoções humanas, mas fazer conhecer um mundo espiritual que pode ser interpretado e sentido também por um publico sem cultura, mas animado por espiritualidade e fé.
Normalmente dizemos “pintar uma Ícone” mas na realidade a definição exata, mantida na tradição, é “escrever uma Ícone”, que è ela também palavra de Deus escrita com a imagem, através de uma linguagem codificada durante séculos. Em correspondência do “escrever”, existe o “ler” a Ícone, que é um desejo de descobri-la, entendê-la, de aprofunda-la.
Todas as Ícones, mesmo sendo diferentes entre elas, tem uma afinidade comum, como comum è a intenção com as quais foram “escritas”: Testemunhar o invisível – suportar nossa fé e esperança – ajude-nos a rezar – transfigure-nos na caridade.
A primeira imagem de Cristo è o Seu vulto que, seguindo a tradição, Ele mesmo imprimiu milagrosamente sobre a tela de linho (Madillion), com o fim de mandar Sua imagem ao Rei de Edésia “Abgar” moribundo. Esta Ícone (Cristo Acheropita), segundo a crença, foi conservada em Constantinopole mas, tendo sido perdida, foi reproduzida em numerosos exemplares por pintores devotos.
Também da Virgem foi transmitida a Imagem original que, segundo a tradição, foi pintada por São Lucas Evangelista, o qual a representou em três aspetos diferentes: “Virgem Orante (sem Menino) – Virgem Hodighitria (com Menino: Aquela que indica o justo caminho) – Virgem Eleusa (com Menino: Imagem da Ternura)” – As Ícones da Mãe de Deus com o Menino são também definidas “Ícones da Encarnação”.
A liberdade religiosa concedida por Constantino em 313 DC, e a proclamação do Cristianismo como religião de Estado em 380 DC, deu um forte impulso à criação artística e portanto da Arte Sacra das Ícones. A devoção manifestada pelo Cristãos à esta forma de arte gerou um desagrado entre os Judeus e os Muçulmanos que, concordemente, rejeitavam a representação humana da Divindade. Também o Poder Político via nisso uma ameaça em contra a sua autoridade.
O imperador Leo III, preocupado pela situação, ordenou em 726 DC o seqüestro e a destruição total das Ícones, em todo lugar onde estivessem. Isso durou até o ano de 843 DC quando o triunfo das Ícones foi definitivamente afirmado pelo sétimo Concílio Ecumênico de Nicéia, e o longo período iconoclasta fechou-se para sempre.